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POR QUÊ FALAR sobre alphaville?

Alphaville é o nome de uma marca de empreendimentos imobiliários no Brasil, geralmente projetados na forma de bairros planejados compostos por condomínios residenciais horizontais fechados. O primeiro produto com essa marca foi implantado em 1973, próximo à zona oeste de São Paulo, na rodovia Castello Branco e em seu desenho constava um setor de indústrias não poluentes e condomínios de alto padrão. Desde o sucesso deste pioneiro, a marca Alphaville já se instalou por quase todo o Brasil ao longo dos anos, estando hoje presente em vinte e dois estados, na maioria com mais de um empreendimento, totalizando 116 (cento e dezesseis) condomínios fechados com a marca Alphaville até 2014 ¹. 


É importante frisar que estes são os números somente da empresa Alphaville Urbanismo, mas existem outras empresas concorrentes no país, como a Urbanizadora Dahma, que está presente em 9 (nove) estados do país com inúmeros empreendimentos em forma de condomínios horizontais fechados, sem contar urbanizadoras menores e loteamentos de áreas que fazem parte incorporações particulares, como latifundiários pelo Brasil que decidem lotear suas terras apostando no investimento imobiliário.


Sendo assim, precisamos falar sobre Alphaville como o recorte escolhido para exemplificar a máxima de um fenômeno que acontece principalmente em São Paulo, mas também está presente em todo o Brasil: a vida em condomínio. Este trabalho se concentra no empreendimento pioneiro que deu origem ao modelo brasileiro de condomínio fechado, o Alphaville Barueri, visando explicitar por meio de análises as consequências do modelo de habitar derivado dessa escolha de vida. Este trabalho pretende contribuir enquanto fornecedor de argumentos e materiais estruturados enquanto ferramenta capaz de fomentar uma comunicação entre a academia, o mercado da construção civil e a sociedade, e, para tanto, há um esforço para que a abordagem do assunto seja didática, direta e de fácil acesso.

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Perto da cidade, longe da academia

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A discussão que deu origem a esse trabalho de conclusão de curso surgiu a partir do tema proposto para a matéria de Estúdio Vertical da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo no primeiro semestre de 2017, que levou o título de “Modos de pensar, modos de fazer”. Foi a partir deste mote que o grupo de trabalho, composto por sete alunas ² , identificou a relação de tais modos de agir, o pensar e o fazer, como - se levados à um radicalismo dicotômico somente para efeito do raciocínio - as pontas extremas dos diferentes universos das formas de atuar da arquitetura no Brasil. O mundo acadêmico foi identificado como a ponta máxima dos “modos de pensar”, ao passo que o universo que engloba o mercado da construção civil foi identificado em última instância como o mundo dos “modos de fazer”. Para o grupo, foi importante dividir esses “mundos” dicotomicamente para que se evidenciasse o discurso levantado nas discussões cotidianas do trabalho: é raro nos depararmos no mundo acadêmico com as realidades mercadológicas da nossa profissão.


Consequentemente, também é raro ver na cidade a aplicação em comum acordo ideológico entre os conceitos urbanísticos e arquitetônicos discutidos na academia ou no meio intelectual das profissões e a edificação de obras públicas ou privadas na cidade – principalmente em São Paulo, cidade de onde se escreve esta pesquisa. Não é verdade, contudo, que inexistam relações harmônicas entre quem habita o mundo acadêmico, professores e alunos e construtoras, incorporadoras, etc., ou que um profissional não possa concentrar em si a plenitude de uma complexidade de atuações. É sabido que tanto na academia se produz e que um acadêmico da arquitetura possa ser também um arquiteto atuante em termos de projeto edificável, assim como no contexto de mercado se utiliza muito de pesquisas, para que investimentos em construção civil e planejamento urbano sejam feitos com embasamento. Deste modo, o que se destaca aqui é a identificação de um distanciamento entre debates e ideologias e o produto final edificado ou publicado. O foco desta pesquisa é no âmbito das produções urbanísticas, onde se percebe que essas relações são raras, e que a implementação de projetos nem sempre respeita sua realidade tanto em termos de desenho como conceito, como por exemplo no Largo da Batata em São Paulo, onde o projeto urbano foi em partes implantado e deste fato muito deveu à qualidade espacial à cidade.

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Arquitetos de quem? - o papel do mercado

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Por mais que nas aulas de história e urbanismo nas faculdades de arquitetura nos sejam apresentados conceitos sobre as tipologias de cidade existentes e suas críticas, e por mais que saibamos da existência de louváveis projetos de urbanização de bairros, de professores nossos e arquitetos admiráveis que projetam habitações sociais e participam da discussão e conceituação de projetos urbanos, é raro entrarmos no âmbito de discutir a fundo os motivos pelos quais a grande massa do mercado imobiliário e de construção civil, que faz a maior parte das obras por São Paulo e pelo Brasil, não está de acordo com os ideais de cidade vigentes nas discussões universitárias e acadêmicas, e que não exista um diálogo aberto e frequente entre esses mundos de quem pensa a cidade criticamente e de quem de fato tem o capital para construí-la. Em alguns casos, como com algumas construtoras e incorporadoras com novos conceitos como Zarvos, Huma, INK e SKR, é possível perceber que existem novos canais de comunicação e parceria ideológica entre arquitetos de muita qualidade e seus incorporadores. No entanto, ainda assim, nessas relações, existe o fato de que seus projetos são voltados para as classes mais altas, mais especificamente para uma elite paulistana característica, que busca uma vida sempre urbana com sofisticação.


As grandes empresas da construção civil, como a urbanizadora Alphaville Urbanismo e suas concorrentes, também constroem seus produtos voltados especialmente para as classes mais altas. Contudo, o público alvo dessas empresas representa um contingente da população brasileira bem mais numeroso: uma elite que busca um modo de vida hermeticamente protegido dos perigos que as dinâmicas que a vida na cidade pode oferecer. Portanto, precisamos falar sobre Alphaville porque esse mercado produz alphavilles, replica um modelo urbanístico pautado em condomínios fechados que possivelmente, diante dos preceitos urbanísticos e societários transmitidos e exemplificados na academia, não demonstra ser a cidade que nós arquitetos queremos para o Brasil, mas que, mercadologicamente, tem uma alta taxa de aprovação e de venda. Deste modo, parece ser a cidade que grande parte do mercado quer produzir e grande parte da população quer comprar. Assim sendo, o conceito Alphaville precisa ser posto em pauta.  


Pouco adianta projetarmos intenções para um mundo mais civilizatório em nossas pranchetas se não entrarmos de fato no cerne do que nos cerca: o mercado imobiliário de São Paulo e sua agenda mercadológica que se sobrepõe de forma voraz às demandas básicas de bem-estar da sociedade. Além disso, este mercado é um setor econômico que representa um proponente significativo de empregos para a classe dos arquitetos e planejadores urbanos, que têm de se adequar às suas demandas, mesmo que a produção geral da construção civil não esteja totalmente de acordo com seus discursos acadêmicos ou políticos em relação à cidade que se pretende construir. Ao fim, são esses agentes privados e seus capitais que de fato constroem na cidade, que financiam parte da profissão em última instância e que é preciso encarar uma hora ou outra. Portanto, que o façamos sempre buscando despertar uma maior consciência das intenções deste mercado para poder agir dentro do seu sistema da melhor maneira possível para que nossas ações não contribuam para o surgimento de consequências negativas par a vida em nossas cidades.

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A arquitetura da (in)segurança - as elites e os condomínios fechados

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São Paulo, nos dias de hoje, é uma cidade que vive certa dicotomia espacial na medida em que os espaços públicos e privados são extremamente delimitados. Muros cercam e defendem o que tem dono, ninguém passa por nenhum portão ou catraca sem antes provar sua inocência em primeira instância. A cidade de muros, como identifica Teresa Caldeira em seu livro homônimo, se organizou a partir das narrativas sobre episódios de violência, que se proliferam, se justificam por outras notícias e amedrontam e encurralam a população, seja numa mansão com vigilância máxima, seja nos bolsões de favelas periféricas com interligação mínima pelo sistema público de transporte.

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Elas [as narrativas de crimes] tentam estabelecer ordem num universo que parece ter perdido o sentido. Em meio aos sentimentos caóticos associados à difusão da violência no espaço da cidade, essas narrativas representam esforços de restabelecer ordem e significado. Ao contrário da experiência do crime, que rompe o significado e desorganiza o mundo. Essa reorganização simbólica é expressa em termos muito simplistas, que se apoiam na elaboração de pares de oposição óbvios oferecidos pelo universo do crime, o mais comum deles sendo o do bem contra o mal. (...), as histórias de crime tentam recriar um mapa estável para um mundo que foi abalado. Essas narrativas e práticas impõem proibições, multiplicam regras de exclusão e de evitação, e restringem movimentos. Em resumo, elas simplificam e encerram o mundo. As narrativas de crimes elaboram preconceitos e tentam eliminar ambiguidades.

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CALDEIRA, Tereza Pires do Rio. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania 
em São Paulo. São Paulo: Editora 34 / Edusp, 2000.Pág. 28

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O condomínio fechado em São Paulo foi a solução que as classes mais abastadas encontraram para isolar-se e defender-se desse ambiente hostil narrado e criado pela dinâmica paulistana. Essa forma de habitar implica necessariamente em uma unidade multifamiliar, cercada por um muro de proteção eficaz em que somente se pode entrar a partir da identificação em uma portaria, onde trabalham seguranças particulares que zelam pelo local e o vigiam através de um mosaico de imagens fornecidas por câmeras instaladas pelo condomínio. Um condomínio pode ser vertical, em forma de edifícios residenciais - que têm muitas vezes seus térreos preenchidos por equipamentos de lazer, assemelhando-se à um clube particular; ou também pode ser horizontal, na forma de uma grande gleba subdividida para que, em cada lote, se construa uma casa unifamiliar com seus equipamentos de lazer particulares.


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Como dito anteriormente, será nesta segunda forma de condomínio residencial fechado que iremos nos aprofundar neste trabalho, pois é ela que representa mais de trinta condomínios horizontais fechados que compõem a maior parte do território do pioneiro bairro Alphaville na grande São Paulo, o mais antigo e mais adensado bairro da marca. Essa alarmante quantidade de condomínios fechados preenche 80% dos 17km2 de área do bairro. Sendo assim, fica evidente que o bairro escolhido como objeto de estudo representa um lugar onde essa dinâmica da vida condominializada (Dunker, Christian) e subdividida em enclaves fortificados (Caldeira, Teresa) é levada ao extremo, o que constitui um bom terreno de análise sobre esse assunto, que não é exclusivo do bairro Alphaville, mas também se reflete nas dinâmicas dos condomínios da capital São Paulo e em última instância de uma dinâmica cada vez mais refletida nas capitais brasileiras. Portanto, falar de Alphaville é também falar de São Paulo e falar do BrasilConhecimentos de dentro para fora - a experiência da vivência em condomínios fechados

 

Para contextualizar e compreender este trabalho de conclusão, é importante destacar o relacionamento da equipe autoral desta pesquisa com o tema dos condomínios fechados. A maioria das alunas integrantes deste grupo de trabalho são ou já foram moradoras dessa tipologia dentro e fora da cidade de São Paulo. Uma de nós, morou dos sete aos quinze anos propriamente no bairro que será nosso objeto de análise, o Alphaville Barueri; outra, mora atualmente em um condomínio fechado de casas no bairro Panamby na zona Sul de São Paulo; e outras duas foram moradoras durante toda a infância de condomínios fechados aos mesmos moldes nas cidades de Valinhos e Arujá, vizinhas de São Paulo. Atualmente, a maioria mora em condomínios fechados verticais em edifícios de São Paulo. Assim, há de se destacar que a experiência pessoal de cada uma também influi na necessidade dessa pesquisa, uma vez que todas percebemos diferenças claras entre as dinâmicas de vida em condomínios residenciais fechados durante nossa infância e as dinâmicas que influem na vivência das ruas do centro da cidade de São Paulo depois que começamos a frequentar a faculdade Escola da Cidade. 


Foi somente a partir de nossa vivência e relacionamento com a cidade depois de termos frequentado a faculdade de arquitetura - tanto por sua localização central quanto por suas ideologias – que pudemos agora nos debruçar sobre esse pensamento comparativo entre as dinâmicas que implicam os esterilizados condomínios fechados em que fomos criadas e as ruas da cidade pulsante e heterogênea em que agora estudamos. O que nos intriga, depois de conhecermos melhor os encantos democráticos dos edifícios de galerias e térreos livres do centro e suas ruas peatonais com fachadas ativas, é a percepção de que o modelo condominial que afasta a vida da cidade se mostra muito atraente mercadologicamente. Por quê este modelo tem tanto sucesso em detrimento à outras formas de vida urbana?

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A grande incógnita - um modelo indesejável, um grande sucesso

Se aprendemos na faculdade e também pudemos perceber por nós mesmas que o condomínio não é uma tipologia saudável e construtiva para a cidade, por quê ele continua sendo um dos principais produtos do mercado imobiliário? Não deveríamos nós, arquitetas e arquitetos, termos mais participação na conceituação do que se deveria construir na cidade? 


Se sabemos que é possível construir uma São Paulo mais civilizatória a partir de outras tipologias, por quê não entramos a fundo nos debates mercadológicos, por quê não só não apresentamos como também não obtemos sucesso com outras propostas para as incorporadoras? Será que a sociedade, o mercado imobiliário e a academia não poderiam entrar em um debate mais aproximado para que as cidades sejam construídas de modo mais inteligente e igualitário?

Este trabalho de conclusão tem como objetivo discutir as relações de tensão existentes no primeiro bairro Alphaville, ao mesmo tempo em que olha para suas lógicas com curiosidade. Sendo assim, ele se debruçará em fazer pensar o assunto sempre mantendo o respeito por quem escolhe tal modo de vida, tentando entender essa escolha a partir dos questionamentos sobre os dados levantados. É comum que assuntos complexos e cercados por críticas negativas sejam abordados por projetos utópicos que beiram o irônico no mundo da arquitetura, mas, percebeu-se nesta pesquisa que, por mais que a análise estética e a ironia extrema sejam um caminho sedutor, elas pouco acrescentariam ao debate pretendido. Deste modo, este trabalho se dedicará primeiro em uma análise bibliográfica do porquê o Alphaville em questão, o Alphaville Barueri, se instalou onde está, e depois em uma extensa leitura espacial do bairro, fornecendo assim um material de onde qualquer leitor, arquiteto ou leigo, pode extrair conclusões e partir para um diálogo.

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É sabido que a crítica é constante à Alphaville no meio acadêmico arquitetônico, mas a sua elaboração mais aprofundada é encontrada majoritariamente em artigos acadêmicos, como por exemplo na notável bibliografia produzida por Carolina Pescatori Candido da Silva e também no trabalho de alguns outros pesquisadores. Essa produção é importante e necessária, mas também representa um ambiente de acesso mais restrito, pois não atinge os meios de comunicação imediatos ao cotidiano da maior parte da população. Este trabalho de conclusão pretende abordar a leitura de dados e análises sobre o primeiro Alphaville a partir de uma linguagem mais cotidiana, simples, imediata e possivelmente até mesmo intrigante, para dar luz ao assunto de maneira mais didática e instigante e menos estigmatizada.


Para fomentar o pensamento sobre a vida ‘condominializada’ (Dunker, Christian) a partir da análise do primeiro empreendimento Alphaville, será dada voz aos mais diversos atores que participam desse universo de questões que permeiam a marca, para que uma abrangência de opiniões esteja presente no trabalho. Tanto críticas negativas elaboradas por diagramas autorais de justaposição de dados gerando imagens de impacto, quanto a defesa argumentativa da própria empresa Alphaville Urbanismo S.A. por uma entrevista concedida por Marcelo Willer, seu atual presidente, serão apresentadas. Assim como também serão feitas análises gerais da área para que então o leitor a possa ter sua própria leitura e por si a colocar em cheque, questioná-la. Para obter um alcance mais democrático das informações e para que o debate seja realmente atingido, o veículo que se escolheu para propagar a pesquisa foi uma plataforma virtual, que já ganhou vida com o endereço https://sobrealphaville.wixsite.com/precisamosfalar.


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A plataforma foi a maneira mais acessível existente nos dias atuais para atingir leitores e disseminar informações, assim como de baixo custo e, portanto, de maior facilidade de elaboração e viabilização para o grupo que faz a pesquisa.


 

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“Precisamos criar um espaço para se falar sobre Alphaville - bem ou mal.            Precisamos mapear seus espaços, relações, significados, agentes e discursos pouco visíveis, através de contra-mapas. Precisamos fazer outras leituras e  proporcionar outras leituras do espaço. Precisamos entender o sistema de regras que regem Alphaville. Precisamos falar sobre Alphaville, fazer falar sobre Alphaville e escutar sobre Alphaville. Precisamos de um site”. 

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Trecho retirado do texto-manifesto produzido em equipe dentro da disciplina de Estúdio Vertical da Escola da Cidade no primeiro semestre de 2017 para justificar o trabalho. Autoria de Stella Bloise. 

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Por fim, é significante comentar e considerar certa resistência encontrada no próprio ambiente acadêmico à orientação desta pesquisa. Este fato, ao longo do trabalho, expressou a importância da discussão do assunto e a possível real necessidade do ensino da profissão de entrar em contato com suas mazelas e seus desafios no mercado de trabalho desde a academia. 


Mas, felizmente, não só respostas negativas ou desconfiadas este trabalho obteve ao longo de seu caminho. Se ele pretende representar uma tentativa de diálogo franco e construtivo entre o mundo empresarial e mercadológico da construção civil e a as questões levantadas na produção acadêmica e pedagógica do ambiente das universidades de arquitetura com a sociedade civil habitante das cidades, alguns fatos já representam vitórias expressivas de tais interações.


A princípio, percebeu-se que somente a ocorrência do tema Alphaville ter sido apresentado em um ambiente acadêmico já se configurou em um lado desse debate, trazendo um nome empresarial vigente para o âmbito da pesquisa em uma faculdade que não o tinha ainda abordado a fundo em sala de aula; em outra direção, o próprio trabalho também nos proporcionou um contato com a própria empresa, que convidou a equipe para apresenta-lo em sua sede e debater as questões levantadas na pesquisa com o atual presidente da Alphaville Urbanismo S/A, o arquiteto Marcelo Willer e seu gerente de projetos, o arquiteto Hugo Serra; em uma segunda etapa do trabalho, a plataforma virtual de comunicação “Precisamos falar sobre Alphaville” foi aceita no edital expositivo da 11a Bienal de Arquitetura de São Paulo, o que possibilitará a veiculação de nossa pesquisa à terceira ponta intencional do debate a partir deste grande evento cultural: a sociedade civil; em uma última instância, no segundo semestre de 2017, na reta final da pesquisa, a própria instituição Escola da Cidade abordou por iniciativa de seu seminário semanal uma das bibliografias mais importantes desta pesquisa, convidando o psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, autor do livro Mal-estar, sofrimento e sintoma – Uma psicopatologia do Brasil entre-muros, para palestrar, em 24 de outubro de 2017, no SESC 24 de Maio, analisando as formas de vida que adotamos em São Paulo, adentrando no assunto dos condomínios fechados, com foco justamente no Alphaville de São Paulo. A pesquisa já considera estes acontecimentos frutos de si mesma. 

Alphaville / Alphavilles

1. Há uma lista com todos os condomínios residenciais da marca Alphaville construídos até 2014, feita por Carolina Pescatori em seu doutorado “Alphaville e a (des)construção das cidades no Brasil”.  (Segue abaixo)

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2. Beatriz Dias, Beatriz Sallowicz, Camila Moraes, Camille Zuckemeyer, Inaê Negrão, Marina Schiesari e Stella Bloise

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LISTA DOS ALPHAVILLES:

 

1973: Construção do primeiro bairro 

Alphaville em Barueri. Ele contém:

 

- Alphaville Residencial 1

- Alphaville Residencial 2

- Alphaville Residencial 3

- Alphaville Residencial 4

- Alphaville Residencial 5

- Alphaville Residencial 6

- Alphaville Residencial 0

- Alphaville Residencial 8

- Alphaville Residencial 9

- Alphaville Residencial 10

- Alphaville Residencial 11

- Alphaville Residencial 12

- Residencial Tamboré 1

- Residencial Tamboré 2

- Residencial Tamboré 3

- Residencial Tamboré 4

- Residencial Tamboré 5

- Residencial Tamboré 6

- Residencial Tamboré 7

- Residencial Tamboré 8

- Residencial Tamboré 9

- Residencial Tamboré 10

- Residencial Tamboré 11

- 18 do Forte

- Alpha Conde (1999) 

-Alpha Plus

-Up Town Housing

- Scenic

- Melville

-Gênesis I

-Gênesis II

- Alpha Sítio

- Villa Solaia

- Alphaville Burle Marx (2011)

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Alphavilles fora do primeiro bairro: 

 

1997: Alphaville Campinas (1 residencial) - SP

1998: Lagoa dos Ingleses (5 residenciais) – Nova Lima – MG

2000: Alphaville Graciosa (4 residenciais) – Curitiba – PR

2001: Alphaville Flamboyant (3 residenciais) – Goiânia – GO

2002: Alphaville Fortaleza (3 residenciais) 

          Alphaville Londrina (2 residenciais) - PR

          Alphaville Maringá (3 residenciais)

          Alphaville Salvador (3 residenciais)

2003: Alphaville Cuiabá (1 residencial) - MT

          Alphaville Flamboyant (+ 1 residencial)

          Alphaville Gramado (1 residencial)

          Alphaville Pinheiros (1 residencial) – Curitiba - PR

2004: Alphaville D. Pedro (+ 1 residencial) – Campinas – SP

          Alphaville Litoral Norte (1 residencial) – Salvador – BA

2005: Alphaville Eusébio (+1 residencial) – Campinas -SP

          Alphaville Manaus (1 residencial) – AM

          Alphaville Natal (2 residenciais) – RN

2006: Alphaville Campo Grande (1 residencial) – MS

          Alphaville Francisco Brennand (1 residencial) – Recife – PE

          Alphaville Lagoa dos Ingleses (+1 residencial) – MG

          Alphaville Salvador ( +1 residencial) 

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2007: Alphaville Londrina (+1 residencial) - PR

          Alphaville Manaus (+1 residencial)

          Alphaville Rio Costa do Sol ( 2 residenciais) - ?

           Alphaville Jacuhy (2 residenciais) 

2008: Alphaville Barra da Tijuca (1 residencial) - RJ

          Alphaville Cuiabá (+1 residencial)

          Alphaville João Pessoa (1 residencial) – PB

          Alphaville Nova Esplanada (1 residencial) - ?

2009: Alphaville Campina Grande (1 residencial) - ?

          Alphaville Caruaru (1 residencial) – PE

          Alphaville Granja Viana (1 residencial) – SP

          Alphaville Litoral Norte (+1 residencial) – BA

          Alphaville Nova Esplanada (+1 residencial) - ?

          Alphaville Piracicaba (1 residencial) – SP

          Alphaville Porto Alegre (3 residenciais) – RS

          Alphaville Rio Costa do Sol (+1 residencial) - ?

2010: Alphaville Araçagy (1 residencial) - ?

          Alphaville Belém (1 residencial) – PA

          Alphaville Brasília (1 residencial) – DF

          Alphaville Pernambuco (1 residencial) – PE

          Alphaville Porto Velho (1 residencial) - ?

          Alphaville Ribeirão Preto (2 residenciais) – SP

          Alphaville Teresina (1 residencial) – PI

          Alphaville Jacuhy (+1 residencial) -?

2011: Alphaville Campo Grande (+1 residencial) - MS

          Alphaville Feira de Santana (1 residencial) – BA

          Alphaville Manaus (+1 residencial) – AM

          Alphaville Mossoró (1 residencial) - ?

          Alphaville Pernambuco (+1 residencial) – PE

          Alphaville São José dos Campos (2 residenciais) – SP

2012: Alphaville Araçatuba (1 residencial) – SP

          Alphaville Bauru (1 residencial) – SP

          Alphaville Brasília (+1 residencial) –DF

          Alphaville Campo Grande (+1 residencial) – MS

          Alphaville Campos (1 residencial) -?

          Alphaville Gravataí (2 residenciais) - ?

          Alphaville Juiz de Fora (2 residenciais) - ?

          Alphaville Minas Gerais (1 residencial)- BH - MG

          Alphaville Nova Esplanada (+1 residencial)

          Alphaville Pelotas (1 residencial) 

          Alphaville Sergipe (1 residencial) – SE

          Alphaville Jacuhy (+1 residencial) - ?

2013: Alphaville Anápolis (1 residencial) -?

          Alphaville Belém (+1 residencial) – PA

          Alphaville Castello (1 residencial) -?

          Alphaville Ceará (2 residenciais) – CE

          Alphaville D. Pedro (+2 residenciais) – Campinas – SP

          Alphaville Feira de Santana (+1 residencial) – BA

          Alphaville Litoral Norte (+1 residencial) – BA

          Alphaville Nova Esplanada (+1 residencial) - ?

          Alphaville Ribeirão Preto (+ 1 residencial) – SP

2014: Alphaville Campo Grande (+1 residencial) – MS

          Alphaville Manaus (+1 residencial) – AM

          Alphaville Paraíba (1 residencial) - PB

 

Total: 116 condomínios com a marca Alphaville até 2014.

 

fonte: PESCATORI, Carolina

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