COMO SE VIVE LÁ?
Alphaville tem uma ocupação de espraiamento urbano, configurada pelos condomínios horizontais fechados de alto padrão com unidades unifamiliares. Dentre os diversos estilos arquitetônicos dessas residências, o que predomina é o luxo e a suntuosidade.
fotografias autorais de Marina Dias Schiesari
O conjunto de glebas dos condomínios redidenciais horizontais e verticais de Alphaville tem uma área equivalente à 13,65 km².
Área combinada de todos os condomínios de Alphaville aplicada no território de São Paulo. A área total gera um diâmetro equivalente à 4km, que vai do Estádio do Pacaembu ao Parque Dom Pedro.
Análise de áreas
Análise de espaços de lazer
Análise de deslocamento
Distâncias de diferentes casas dentro de condomínios até os pontos de ônibus.
Material produzido por: Alphaville Urbanismo S.A.
Arquitetura de casa em Alphaville
Material produzido por: Canal Kondzilla
Mc Guimê_ No Auge (KondZilla)
Dentre os eventos que ocorrem nos condomínios fechados, os bazares podem ser vistos como uma possível quebra do paradigma do espaço público x espaço privado existente na lógica dos condomínios residenciais. Isso porque para eventos de festas comunitárias, um convidado de fora sempre é liberado na portaria a partir da permissão de um morador. Por outro lado, quando se fazem bazares nos salões das áreas comuns do condomínio fechado, muitas vezes o evento é divulgado na internet em grupos que possuem um grande contingente de membros que nem sempre são amigos e convidados diretos de moradores. Sendo assim, essas pessoas são liberadas nas portarias somente pelo pretexto de estarem indo fazer compras no bazar. A partir daí pode-se interpretar que, mesmo que o visitante passe por um controle de entrada ao condomínio, esse tipo de evento é público, uma vez que teoricamente qualquer pessoa pode ser liberada para ir ao bazar.
Bazares e eventos
Fonte: imagens veiculadas no site Facebook
Todo mapa conta uma história. Não existem mapas neutros, que simplesmente representam o mundo exatamente como ele é.
Toda representação do espaço carrega consigo informações que vão além da sua geografia física. Para realmente entender um mapa, é preciso olhar para além do desenho em si. Por que esse mapa foi feito? Para quem? Quem é o autor? O que o mapa representa? O que ele não representa?
Os mapas fornecidos nos sites dos condomínios e em folhetos distribuídos são extremamente sintéticos. As ruas são linhas simples que mostram apenas os nomes das vias. Não são desenhados os lotes, apenas as áreas comuns aparecem com tratamentos diferentes - lagos são azuis e praças são verdes. O espaço é representado por uma cor chapada, e o entorno aparece, no máximo, como chamadas de texto que indicam estradas, entradas e pontos de referência da cidade. A função desses mapas é, claramente, orientar o visitante para que chegue a seu destino dentro dos condomínios. O que realmente está do lado de fora dos muros nunca aparece, pois não interessa - e, segundo esses mapas, não existe.
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“Mapas, reza a lenda, são representações não-problemáticas de um mundo objetivo e persistente: sejam esboçados, impressos ou pixelados, eles parecem fazer referência a algo ‘la fora’, algo tão real quanto uma rocha. [...] Para propriamente interpretar um mapa [...], é crucial entender as tecnologias e os códigos com os quais são produzidos, ver esses códigos como partes de sistemas ideológicos maiores, e perguntar quais espaços sociais eles promovem, que formas de subjetividade constroem ou frustram, a que poderes servem e, com urgência cada vez maior, como eles nos posicionam dentro das complexidades pós-modernas [do]‘ sistema global’ “.
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Morris,Dee & Voyce, Stephen. “Introduction: Maps?” in “Counter Map Collection”. Disponível em : <https://jacket2.org/commentary/introduction-maps>. Acesso em 25/06/2017. (Original em Inglês, tradução livre)
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