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ÁREAS VERDES

Uma das grandes buscas das famílias que optam por uma residência no bairro Alphaville é estar mais próximo ao verde das reservas naturais e mais distantes dos tons de cinza do dia-a-dia da metrópole paulista.

áreas verdes
galeria

fotografias autorais de Marina Dias Schiesari

análise
Reserva Biológica Tamboré, SP
Baruerí, SP
República, SP
Bairros populares de Osasco, SP
Alphaville, SP

Análise de áreas verdes

Os condomínios fechados caracterizam-se por sua exclusividade: é ela que os torna atraentes para uma minoria que dispõe de recursos financeiros para tornar-se proprietária de um imóvel nesses espaços confinados. Algumas regalias de natureza ambiental fazem parte do produto adquirido: casas térreas com jardins amplos e ensolarados, tráfego de veículos restrito e quase nenhuma poluição sonora são itens que não se encontram mais nas cidades democráticas. Tudo isso tem um custo para quem quer se tornar proprietário e também tem um custo que é externalizado para a sociedade. Sob a perspectiva ambiental, os condomínios fechados são a negação da sustentabilidade urbana. Tornar a qualidade de vida uma exclusividade para uma minúscula faixa da população mais abastada significa excluir a imensa maioria da população dos benefícios artificialmente oferecidos para os condôminos. A manutenção do luxo pressupõe um verdadeiro exército de trabalhadores que servirão aos proprietários do condomínio - de faxineiros a vigilantes, jardineiros, zeladores, além de empregadas domésticas. Toda esta população excluída e mal remunerada há de morar nas proximidades dos condomínios e, quase sempre, em lugares sem infraestrutura urbana adequada (saneamento básico integral, sistema de saúde, transporte coletivo, escolas públicas, segurança etc). 

Depoimento de um professor de direito ambiental sobre condomínios fechados

Ou seja, a construção de condomínios fechados em regra resulta no agravamento da desigualdade social e na degradação ambiental do seu entorno. Não se trata, portanto, de um modelo válido para a melhoria da qualidade do meio ambiente urbano para todos. Os bolsões de riqueza, por outro lado, em razão de sua insustentabilidade, costumam gerar imenso impacto no tráfego: os seus moradores não trabalham no interior do condomínio, mas nas cidades abertas e democráticas, não-exclusivas. Distantes dos centros urbanos, resultam em deslocamento de grande número de veículos diariamente, com prejuízo para a qualidade do ar atmosférico e da própria vida de todos os que são obrigados a perder horas e horas todos os dias em filas de trânsito. 

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Guilherme José Purvin de Figueiredo

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Doutor em Direito pela USP, Procurador do Estado-SP, Presidente da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil - APRODAB

depoimento
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