MURO
O maior muro não sequencial do mundo
O único que não está assumidamente em fronteira de guerra
fotografias autorais de Marina Dias Schiesari
Como um dente de leite, que cai e deixa buracos na boca, por um tempo não haviam muros. Todos os tantos quilômetros foram demolidos a marretadas sob as ordens da associação de condôminos.
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No começo, era possível ver as cicatrizes no gramado que dividia a Cidade de Dentro da Cidade de Fora, mas, dentro de três meses, o mato já crescia por cima dos restos de concreto.
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Como um dente de leite, que cai para dar lugar à dentição permanente, logo foram surgindo grades. Depois, espetos, cacos de vidro, concertinas, cercas elétricas. O sol da manhã iluminava pedaços de muro que não existiam na noite anterior. Dez anos depois da Demolição Geral no condomínio, em vez de um muro, haviam centenas.
Stella Bloise
Análise dos muros
Material produzido por: AREA Alphaville
AREA - ASSOCIAÇÃO RESIDENCIAL E EMPRESARIAL ALPHAVILLE é uma força de segurança encarregada de monitorar as áreas comuns extramuros. Atua de forma autônoma, mas tem canais de comunicação direta com a Polícia Militar e Rodoviária, Bombeiros e Guarda Civil.
No site [http://www.area-alphaville.org.br/conteudo.asp?id=29] são fornecidos relatórios de evolução das ocorrências registradas ano a ano.
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"Nossa missão na AREA: Promover a qualidade de vida dos associados prestando serviços complementares e atuar na ordenação da ocupação do Alphaville Centro Industrial e Empresarial para que o uso dos imóveis esteja conforme com o regulamento. Ética, transparência e valorização humana são princípios que nortearão a busca da excelência em nossas atividades"
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Serviços prestados: Vigilância, monitoramento, sistemas de alarme gratuitos para empresas associadas, 38 totens para comunicação de emergência disponibilizados a cada 100 metros nas principais alamedas de Alphaville, 48 câmeras instaladas nas alamedas do Centro Empresarial. Manutenção e limpeza de áreas comuns, aprovação de plantas para o Centro Empresarial.
Este trabalho foi desenvolvido em 1972 como tese de conclusão de curso do arquiteto Rem Koolhaas (juntamente com Madelon Vreisendorp, Elia Zenghelis e Zoe Zenghelis), é uma série de dezoito desenhos, aquarelas e colagens denominado Êxodo, ou os Prisioneiros Voluntários da Arquitetura. Assim como em Berlim Ocidental na época, o Muro torna-se aqui uma condição de liberdade por encarceramento. Separados voluntariamente, as pessoas encontram abrigo dentro dos muros de uma prisão de escala metropolitana.
O título do projeto alude à Guerra Fria de Berlim Ocidental, um enclave restrito cercado por uma parede proibida, na verdade, uma prisão na escala de uma metrópole, na qual as pessoas se refugiaram voluntariamente. O Êxodo propõe uma cidade murada em uma longa faixa, com barreiras altas que atravessam o tecido urbano de Londres - uma intervenção destinada a criar uma nova cultura urbana revigorada pela inovação arquitetônica e a subversão política. Aqui, Koolhaas e seus colaboradores usam colagem para criar cenas vívidas da vida dentro desses limites visionários urbanos.
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